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Como o pai pode efetivamente apoiar o aleitamento materno?

Do site JorNow e do site Difundir

Não é fácil para a mulher amamentar, nem por um curto período de tempo, nem pelos seis meses preconizados por todas as entidades de saúde no mundo. São muitas as dificuldades sociais e econômicas no meio do caminho. Recentemente, o The New York Times colou no ar um interessante debate sobre o tema, apresentando seis diferentes pontos de vista sobre a questão.

por Márcia Wirth

05/08/2014

Decidi, neste artigo, me dedicar a fazer sugestões efetivas para que o pai (marido, parceiro, companheiro, namorado) possa desempenhar um papel relevante nesse período de aleitamento materno, oferecendo suporte efetivo à mãe.

É fácil dizer que, nos seis primeiros meses, “o outro significativo” na vida do recém-nascido é a mãe. E, muitas vezes, pode ser difícil participar desse novo universo. Pode ajudar nesse processo ter em mente que as pequenas coisas significam muito neste momento: uma palavra de encorajamento, uma oferta para ajudar com o trabalho doméstico ou com os cuidados com o bebê, enquanto ela tira uma soneca ou até mesmo uma defesa confiante quando um amigo questiona a decisão dela de amamentar em livre demanda. Esses pequenos atos deixam a mãe saber que você apoia firmemente a decisão dela de amamentar.

Muitos estudos têm mostrado que o apoio de um parceiro amoroso é um dos fatores mais importantes na decisão de uma mulher iniciar e continuar a amamentar. A decisão conjunta de dar ao filho a melhor nutrição possível é um projeto que une o casal e que terá um impacto decisivo e imediato na vida do bebê. 

Um dos primeiros passos que você pode tomar como parceiro de uma mãe que amamenta é educar-se a respeito dos muitos benefícios do aleitamento materno. Você pode perguntar ao pediatra as vantagens do leite materno sobre as fórmulas durante os primeiros meses de vida do bebê. Se possível, assista às aulas de amamentação do curso para gestantes com sua parceira. Ao compreender como o aleitamento materno é feito, você pode ajudar efetivamente a mãe depois do nascimento do bebê, dominando as técnicas de como posicionar o bebê para a “pega” adequada. 

Imediatamente após o nascimento, você pode apoiar a decisão da mãe de iniciar a amamentação ainda na sala de parto. Ainda no hospital, vocês podem se revezar segurando, cuidando e trocando fraldas, para que ela possa dormir entre as mamadas. Além disso, você pode defender a decisão do casal de que o bebê não receba chupeta, mamadeira ou fórmula suplementar sem uma razão médica clara. 

Já em casa, o seu papel como parceiro de uma mãe amamentando vai assumir uma nova importância. Como a mãe de seu bebê se concentra em estabelecer sua rotina de amamentação, você pode se concentrar em manter a casa funcionando de forma eficiente e agir como um amortecedor para possíveis distrações para o sucesso da amamentação. Se possível, dispense mais tempo fora do seu trabalho para preparar as refeições, lidar com a roupa suja, cuidar das crianças mais velhas, sair com o cachorro, permitindo, assim, que mãe e bebê se concentrem na amamentação.

Ofereça comida e bebida à sua parceira enquanto ela estiver amamentando, traga travesseiros extras para posicionar o bebê, ofereça um livro, telefone, fraldas ou qualquer outra coisa que ela precise ter à mão. Se você notar que ela está tendo problemas para amamentar ou se ela estiver desconfortável amamentando, use o seu próprio conhecimento para ajudá-la a fazer ajustes na técnica de alimentação. Se vocês não conseguirem vencer as dificuldades sozinhos, busque ajuda profissional e a conforte, dizendo que você está lá para ajudar. Ela irá apreciar a sua preocupação e apoio constante. 

Quando vocês estiverem mais familiarizados com as rotinas da parentalidade, você pode ajudar com mudanças de fraldas, banhos e brincadeiras, para que sua parceira possa dormir entre as mamadas ou talvez desfrutar de um pouco de tempo para si mesma. Essas interações com o recém-nascido são excelentes oportunidades para que você crie sua própria relação com ele. No início, o bebê ficará menos "tempo acordado", mas quando ele estiver maior, você vai descobrir um grande parceiro.


Veja a nossa playlist sobre aleitamento materno.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545