Psicologia

TDAH

Psicóloga Henriqueta do Céu Barreiros de Araujo Castejon Branco

 

O que é TDHA?

Neste transtorno de origem neurobiológica, ocorre uma disfunção em uma área frontal do cérebro localizada logo atrás da testa. Essa área do cérebro é responsável pela inibição do comportamento, pelo controle da atenção, pelo planejamento futuro e pelo autocontrole. Segundo estudiosos, um dos pais possui geneticamente esta disfunção que irá se manifestar de acordo com as interações entre a criança e seu ambiente afetivo, seu meio social e cultural. Quanto às características, o TDAH apresenta três principais manifestações: dificuldade de manter a atenção, hiperatividade (excesso de movimentação e impulsividade, respostas e atitudes impensadas). Apresentam dificuldades na ativação da memória para aquisição das informações necessárias, nas realizações das atividades diárias, a fim de mantê-las e evocá-las no momento adequado. Este processo ocorre lentamente, pois como a criança mantém menos atenção nas atividades, pouco armazena as informações, levando a ineficiência nas atividades.

O que é avaliação neuropsicológica? 
É um diagnóstico que envolve aplicação de testes específicos de habilidades cognitivas, aspectos atencionais, memória, análise da eficiência intelectual e raciocínio abstrato.

Como é o diagnóstico? 
O diagnóstico é realizado por um psiquiatra ou neuropediatra, de acordo com a ocorrência de sintomas, tais como: predominantemente desatento, hiperativo - impulsivo e combinado (tanto a desatenção como a hiperatividade estão presentes). Além disso, os sintomas devem persistir por pelo menos seis meses e em dois contextos distintos, isto é, na família e na escola. 

Qual é o tratamento a que a criança deve ser submetida? 
Inicialmente, o tratamento é realizado através de medicamentos que são administrados pelo psiquiatra ou neuropediatra, para que haja estimulação nas regiões pouco ativadas do cérebro. E, juntamente com o psicólogo ou neuropsicólogo, para a reabilitação com treino atencional e motivacional, sobretudo, em relação à baixa auto-estima e tolerância a frustração, dificuldades de relacionamento, etc.

Qual o efeito na aprendizagem? 
O aparecimento torna-se evidente na época em que a criança é alfabetizada, onde é extremamente necessária a atenção seletiva e o controle de estímulos relevantes. Assim, a desatenção com ou sem hiperatividade, geram consequências que comprometem o rendimento escolar, devido à dificuldade para sustentar e direcionar a atenção por um tempo prolongado, levando a realização da tarefa de forma inadequada ou a desistência. Alguns manejos podem ser realizados pela escola em sala de aula, como o sentar próximo ao professor, evitar a escassez e o excesso de estímulos visuais, ambiente tranquilo, maior tempo para realizar as atividades, adotar uma atitude positiva (elogios) e adotar uma rotina estruturada para realizar os temas de estudo. O mesmo deve acontecer no ambiente familiar.

Psicóloga Henriqueta do Céu Barreiros de Araujo Castejon Branco

Especialização em Neuropsicologia –IPAF- SP - CRP 06/22.413 
Mestranda Psiquiatria e Psicologia Médica- Unifesp
Especialização em Psicodrama
Colaboradora no Proesq- Unifesp -SP