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Quando introduzir a alimentação complementar (frutas, almoço e jantar)?

Do site SEGS

Por Márcia Wirth - MW CONSULTORIA DE COMUNICAÇÃO

19/08/2013

Fica clara a responsabilidade dos pediatras em relação à informação precoce e constante no que diz respeito à importância do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida
 
A atual recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que a alimentação complementar seja introduzida apenas a partir do 6º mês, independente do tipo de aleitamento que o bebê esteja recebendo (materno exclusivo, fórmulas infantis ou aleitamento misto).
 
Apesar das informações, não é bem isso que se observa nem aqui e nem em outros países, como mostra um artigo publicado em 2013, no Pediatrics, estudando as razões pelas quais as mães introduziam alimentos sólidos antes dos 4 meses de vida, mostrando sua variação de acordo com o tipo de leite que essas crianças usavam.
 
A pesquisa entrevistou 1334 mães que responderam a uma lista de 12 potenciais justificativas. “O resultado foi preocupante e não muito diferente do que as experiências que ouvimos em nossas consultas. Na média, 40,4% dessas mães introduziram alimentos sólidos antes dos 4 meses”, observa o pediatra Moises Chencinski (CRM-SP 36.349). A prevalência variou de acordo com o tipo de aleitamento:
 
•Aleitamento materno: 24,32%;
•Fórmula infantil: 52,7%;
•Aleitamento misto: 50,2%.
 
Mesmo de forma inadequada, isso mostra que o aleitamento materno ainda previne de forma significativa a introdução precoce de alimentos sólidos. Entre as razões mais citadas para esta introdução precoce de alimentos sólidos, destacam-se:
•“Meu bebê tem idade suficiente”;
•“Meu bebê parecia ter fome”;
•“Eu queria dar ao meu filho algum alimento, além do leite materno ou da fórmula infantil”;
•“Meu bebê queria a comida que eu estava comendo”;
•“Um médico ou outro profissional de saúde disse que meu bebê deveria comer alimentos sólidos”;
•“Ajudaria meu bebê a dormir por mais tempo à noite”.
 
“Mais uma vez, fica clara a nossa responsabilidade como pediatras em relação à informação precoce e constante no que diz respeito à importância do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida. A maior parte das causas citadas poderia ter sido evitada caso essas mães tivessem uma orientação mais adequada. O aval do profissional de saúde aparece como um dos fatores mais lembrados para a antecipação da alimentação sólida. Note-se que entre as principais causas não foi citada, por exemplo, a volta ao trabalho”, destaca o médico.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545