As doenças cardiovasculares e obesidade não são os únicos males decorrentes de refeições deficitárias ricas em açúcares e gordura.
A má alimentação, com pouca variedade de alimentos e exagerada em açúcares e gorduras saturadas, pode levar os indivíduos a uma situação paradoxal: pessoas obesas, porém vítimas da "fome oculta", caracterizada pela carência de micronutrientes (vitaminas e minerais).
A deficiência crônica destes nutrientes vitais para a saúde pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como o câncer, osteoporose e diabetes.
Normalmente, a fome oculta aparece sem a pessoa perceber. Ao contrário do que se imagina, não é uma característica apenas de países pobres, é comum ocorrer em países ricos como os Estados Unidos e Inglaterra. O corpo sente a necessidade silenciosa e oculta de certos nutrientes escassos na alimentação, aumentando os riscos de algumas enfermidades.
É bem conhecido em nosso meio, que a falta de ferro causa anemia, mas existem doenças, sem sintomas clássicos, que são causadas pela deficiência marginal de alguns nutrientes. Por isso, os alimentos devem ser consumidos de forma equilibrada, sem exageros ou escassez. A variedade deve ser a grande inimiga da fome oculta.
A alimentação não deve ser feita apenas para repor a energia, ou para o crescimento das crianças, mas como forma de proteger o organismo contra doenças e agressões do meio ambiente.
O péssimo hábito alimentar em todo o mundo pode ser resolvido por meio da educação que começa em casa. A partir do desmame, a criança deve receber uma alimentação que a habitue a ingerir nutrientes importantes para a prevenção de doenças. Desde cedo os pequenos devem ser acostumados a comer também alimentos de origem vegetal, por serem potentes inimigos dos radicais livres, moléculas que causam danos ao nosso organismo.
Dentre as várias correntes de pensamento, existe apenas uma unanimidade: "Nada substitui uma alimentação saudável".