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Saiba como ajudar crianças a lidar com pesadelos e crises de terror noturno

Do site do Jornal EXTRA - Globo

Fonte: pediatra e homeopata Moises Chencinski e The National Sleep Foundation
Infografia: Felipe Nadaes

por Camilla Muniz

31/10/2015

Quando uma criança grita no meio da noite por causa de um pesadelo, é difícil medir se o susto é maior para ela ou para os pais. Se o que ocorre é uma crise de terror noturno, pior ainda. Conhecer a diferença entre esses dois problemas que perturbam o sono — mas não trazem maiores consequências para a saúde — é importante para saber agir da forma correta e ajudar os pequenos em cada caso.

Mais comuns no fim da noite, já que acontecem na fase do sono REM (de intensa atividade cerebral), os pesadelos são sonhos aflitivos que provocam medo ou ansiedade. Em geral, a criança é forçada a acordar e se lembra do que se passou.

Já o terror noturno é mais alarmante. Classificado como um transtorno do despertar, mesma categoria na qual se encaixa o sonambulismo, o problema faz a pessoa sentar na cama, gritar e espernear.

— Os pais se assustam porque têm a impressão de que o filho está fora de si. Acham que ele está acordado, por causa dos olhos abertos, mas o terror noturno ocorre na fase três do sono não-REM, que é o sono profundo — explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski.

Por isso, tentar falar com a criança é inútil, já que ela não será capaz de responder. Outros sintomas são transpiração excessiva, pupilas dilatadas e aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. A crise costuma acontecer no início da noite e dura alguns minutos. No dia seguinte, não há lembranças do ocorrido.

Segundo a neurologista Rosa Hasan, da Associação Brasileira do Sono, não há causa definida para o terror noturno, mas predisposição genética, quadros de febre e infecções e algo que interrompa o sono, como barulhos, podem desencadear o problema.

— Se as crises forem recorrentes, vale procurar orientação médica. Adotar hábitos regulares de sono costuma ser suficiente (para tratamento), mas pode-se usar baixas doses de medicações que mantêm o sono mais pesado — diz.

O que fazer?

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545