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O check- up a partir do primeiro mês

Do site da Revista Crescer

Após sair da maternidade, é aconselhável que a mãe não espere mais que sete dias de vida da criança para levá-la ao pediatra

por Andressa Basílio

25/07/2014


Após sair da maternidade, é aconselhável que a mãe não espere mais que sete dias de vida da criança para levá-la ao pediatra, como explica Anete Colucci, da Unifesp (SP): “Nesse contato, o especialista avalia o ganho de peso, se há icterícia (pele amarelada), o aleitamento materno e a relação dos pais e bebê”. Escutar o coração, checar a cicatrização do cordão umbilical e medir a circunferência da cabeça são outras avaliações feitas pelo pediatra.

Com15 e com 30 dias de vida pode ser necessário um retorno para que o especialista refaça algumas medições e acompanhe mais de perto a evolução do recém-nascido. Depois desse período, a recomendação da SBP é para que a consulta de puericultura seja feita mês a mês ao longo do primeiro semestre.

Até 1º ano - Medições Necessárias

Dos 6 aos 12 meses, salvo condições especiais, os pais já podem espaçar as consultas a cada dois meses. Nesse período, o pediatra avalia o peso – que no fim do primeiro ano deve ser o triplo do nascimento – e o crescimento da criança, de acordo comos padrões específicos estipulados pela Organização Mundial da Saúde. Além disso, é hora de observar importantes marcos do desenvolvimento, como sentar-se sem apoio, arrastar-se, ficar em pé sem precisar se segurar e, finalmente, os primeiros passos. Vale lembrar que é nessa fase que o seu bebê vai começar a comer papinhas e outros líquidos. Por isso, é muito importante tirar todas as dúvidas sobre o tema com o pediatra e, se possível, procurar um nutricionista infantil.

Outro profissional a procurar, mais especificamente entre o sexto e o oitavo mês, é o odontopediatra. “Assim que nasce o primeiro dente, a gente recomenda que a mãe procure o especialista, que vai orientar sobre a melhor maneira de escovação e higiene”, diz o pediatra e homeopata Moises Chencinski, da Associação Médica Brasileira.

Ritmo de consultas recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP):

Ritmo de consultas recomendado pela
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
 
1º ao 6º mês consultas mensais
6º ao 12º mês consultas bimestrais
1º ao 2º ano consultas trimestrais
Dos 2 aos 5 anos consultas semestrais
A partir do 5º ano consultas anuais

 

De 1 ano em diante - Visitas mais espaçadas

Após o primeiro ano, o ideal é que a visita ao pediatra aconteça de três em três meses. Além de acompanhar as novas conquistas da criança, como andar e falar, pode ser que o médico solicite alguns exames específicos para descartar doenças. A anemia é a principal delas. No Brasil, a prevalência do problema é da ordem de 20% em crianças e adolescentes, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher. Por isso, pode ser que o pediatra peça um exame de sangue simples para medir a concentração de ferro no sangue.

A partir dos 2 anos, quando as consultas devem ser semestrais, o check-up engloba uma visita ao oftalmologista pediátrico, que deve ser repetida por volta dos 4 anos, quando seu filho já está na fase da pré-alfabetização. Também aos 4, crianças cujos pais são obesos ou têm altos níveis de colesterol ruim (LDL) já precisam fazer um hemograma para avaliar possíveis desequilíbrios. As outras crianças só fazem esses exames se o pediatra julgar necessário. É nessa fase, ainda, que os exames de urina e fezes, além dos de sangue, ficam mais frequentes para afastar os riscos de infecções, perda de proteínas, diabetes e possíveis alterações hormonais e, de novo, quem determina quando fazer ou com que frequência repetir é o seu pediatra, com base no histórico de saúde do seu filho e da sua família. Por isso, a importância da consulta individualizada, detalhada e com muito diálogo entre cuidadores e profissionais da saúde.

Vale lembrar que, após a entrada do seu filho na escola, é interessante marcar uma visita ao especialista, já que ele passará a conviver com mais crianças e o risco de desenvolver problemas de saúde aumenta. E tenha em mente que todas essas recomendações são válidas para o acompanhamento de uma criança saudável, ou seja, sem qualquer problema físico, psíquico, alimentar ou neurológico. Caso contrário, a frequência de consultas deve acontecer conforme a necessidade.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545