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Práticas, preditores e consequências da alimentação feita com o emprego do leite materno expresso

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Segundo os autores da pesquisa, a amamentação é o método inigualável para alimentar os bebês. Determinou-se previamente que o aleitamento materno é importante para a nutrição, a imunologia, o crescimento e o desenvolvimento de bebês e crianças pequenas.

por Márcia Wirth

15/02/2017

Novas mães estão cada vez mais usando o leite materno expresso (bombeado por aparelhos ou à mão) em vez de amamentar diretamente seus bebês, defende um estudo da UBC.

Também foi observado que as mães que usam o leite materno expresso normalmente fazem a transição dos bebês para a alimentação infantil, à base de fórmulas, mais cedo do que seus pares que amamentam, uma tendência que pode impactar a saúde da próxima geração.

“Segundo os autores da pesquisa, a amamentação é o método inigualável para alimentar os bebês. Determinou-se previamente que o aleitamento materno é importante para a nutrição, a imunologia, o crescimento e o desenvolvimento de bebês e crianças pequenas. Tudo o que contribui para encurtar os seis meses recomendados de aleitamento materno exclusivo é uma preocupação”, afirma o pediatra Moises Chencinski, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores estudaram as práticas de alimentação infantil de mais de 2.000 mães que vivem em Hong Kong. Eles descobriram que, durante um período de cinco anos, as mães afastaram-se da prática de amamentar diretamente seus filhos para usar o leite materno expresso, que geralmente é ofertado à criança numa mamadeira.

“As mães de primeira viagem podem acreditar que não há diferença entre a alimentação com o leite materno expresso e a alimentação direta na mama. Embora a alimentação expressa feita com leite materno forneça mais benefícios do que a fórmula infantil, a alimentação feita com a mamadeira pode aumentar o risco de desmame precoce (confusão de bicos), problemas respiratórios, asma, ganho de peso rápido e doenças bucais”, destaca o médico.

O estudo demonstrou que as mães que utilizavam com mais frequência o leite materno expresso eram mais propensas a parar de amamentar mais cedo do que as mães que amamentavam diretamente.

“Os pesquisadores acreditam que a falta de apoio à amamentação pode ser parcialmente a responsável por este comportamento alimentar. Eles sugerem que o maior acesso ao apoio profissional da lactação (amamentação) às novas mães, particularmente, nas primeiras 24 horas após o nascimento, pode garantir que os novos bebês recebam a nutrição ideal, pelo tempo mais apropriado”, defende Chencinski.

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545