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A pega correta na amamentação

Do site Manual da Mamãe

O maior problema que as mulheres podem enfrentar no aleitamento materno é a falta de informação.

09/04/2016

O pediatra e homeopata Dr.Yechiel Moises Chencinski afirma que, primeiro, é preciso dizer que não há nenhuma necessidade de preparar as mamas, não é preciso fortalecer o bico do seio, passar bucha, nada. A pega se dá na aréola. “A mamãe precisa fazer acompanhamento com o obstetra e pré-natal adequado para que possa ser identificada a saúde das mamas e se há fissuras, dificuldade na pega ou bico invertido (quando se contrai para dentro)”, informa.

É fundamental que a gestante faça todas as perguntas necessárias ao médico, além de buscar informações por outros meios. “É recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria consulta com o pediatra a partir da 32ª semana de gestação para tirar dúvidas em relação a vacinas, alimentação e outras”, aconselha. Depois do pré-natal, é necessária uma boa orientação de parto. Hoje, somente 330 das 5 mil casas de parto fazem parte da iniciativa de “Hospital Amigo da Criança”, da Unicef, que segue dez recomendações, entre elas, a ausência de chupeta e mamadeira na maternidade e equipe preparada para não melindrar e apoiar a mãe na questão do aleitamento.

A consulta com o pediatra, realizada na 32ª semana de gravidez, também deve se repetir entre o 7º e 14º dia após o parto, até para que o profissional possa avaliar as dificuldades da mãe na amamentação, como posição, pega, etc.. “Melhor ainda seria se esta mulher fosse orientada e acompanhada desde a sala de parto até os seis meses de vida do bebê. O leite materno deve ser exclusivo até os seis meses, principal até um ano e complementar de um a dois anos ou mais e pode ser doado, sempre que possível, para auxiliar os bebês prematuros e levar esperança para as mães”, destaca.

O Dr. Moises ressalta que também é importante dizer para as mamães não se desesperarem com a quantidade inicial de leite, até porque o bebê não tem necessidade de mamar muito e nem capacidade gástrica. Além disso, o primeiro leite é um colostro riquíssimo em anticorpos e nutrientes.

Também descarte os mitos. Não existe essa história de leite fraco e leito forte nem de pouco leite ou muito leite. “A maior parte do leite é produzida na mamada, com a estimulação de prolactina para a produção e de ocitocina para a liberação pelas mamas. O bebê é quem decide se vai mamar em um ou nos dois seios, por isso, sempre ofereça os dois”.

Vale esclarecer que o leite não vira água depois de um ano. Pelo contrário. Ele fornece 60% da quantidade de vitamina C e 90% de vitamina A entre um e dois anos de vida do bebê. “Por isso, para uma boa amamentação, alimente-se bem, hidrate-se, faça as consultas de rotina e busque informação”, finaliza.

 

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545