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Crianças precisam de regras claras sobre o tempo total de tela

Do site Dicas de Mulher

Estudos têm demonstrado que o uso excessivo das mídias de entretenimento pode levar a problemas de atenção, dificuldades escolares, distúrbios de sono e alimentares, como a obesidade.

por Redação

10/08/2015



Recomendações recentes da Academia Americana de Pediatria (AAP) exortam os pais a limitarem o tempo que seus filhos interagem com as mídias de entretenimento (TV, Internet, celular, tablet, computador e videogame), defendendo como ponto principal que crianças e adolescentes aprendem mais e melhor por meio da interação com as pessoas, não da interação com as telas.

O alerta da entidade médica americana pode ajudar os pais a compreenderem melhor o impacto que essas mídias têm sobre a vida das crianças, pois oferece dicas sobre como gerenciar o tempo gasto nos vários meios de comunicação. As recomendações da entidade destinam-se também aos pediatras.

Confira as dicas da AAP sobre esse tema:

1. Para ajudar as crianças a fazerem escolhas sábias em relação ao uso dessas mídias, os pais precisam ter um papel ativo e devem monitorar o tempo de tela;
2. Os pais também podem fazer uso de sistemas de classificação estabelecidos para shows, filmes e jogos para evitar conteúdo impróprio, com violência, conteúdo sexual explícito ou glorificação do uso de tabaco ou álcool;
3. Estudos têm demonstrado que o uso excessivo das mídias de entretenimento pode levar a problemas de atenção, dificuldades escolares, distúrbios de sono e alimentares, como a obesidade. Além disso, a Internet e os telefones celulares podem fornecer plataformas para comportamentos ilícitos e arriscados;
4. Ao limitar o tempo de tela e, ao mesmo tempo, ao oferecer meios educacionais em formatos não-eletrônicos, tais como livros, jornais e jogos de tabuleiro, os pais estão orientando corretamente os filhos sobre o uso das mídias de entretenimento;
5. Outras medidas apontadas como relevantes pela entidade médica são colocar o conteúdo questionável no seu devido contexto e ensinar as crianças sobre os perigos e as armadilhas da publicidade exibida por essas mídias;
6. A AAP também recomenda que os pais estabeleçam “zonas livres-de-telas” em casa, ou seja, cômodos sem televisores, computadores ou videogames, preferencialmente, os quartos das crianças;
7. A entidade também destaca que a TV deve ficar desligada durante todas as refeições;
8. Crianças não devem se envolver com mídias de entretenimento por mais do que duas horas por dia. E, neste período, o conteúdo a que têm acesso deve ser de alta qualidade;
9. É importante para as crianças passar parte do tempo brincando ao ar livre, lendo, usando apenas a imaginação em brincadeiras livres;
10. A televisão e as outras mídias de entretenimento devem ser evitadas por lactentes e crianças com menos de 2 anos de idade. O cérebro de uma criança se desenvolve rapidamente durante os primeiros anos e as crianças aprendem melhor através da interação com as pessoas, não por meio do contato com telas.

A verdadeira ênfase dessas recomendações não deve ser dada à proibição ao uso de telas e sim à importância da interação com os bebês. Sabemos que durante os primeiros dois anos são essas interações entre bebês e cuidadores que realmente fortalecem as conexões no cérebro, e quando as telas ficam no meio desse caminho, elas podem ficar incompletas. É por isso que a AAP faz essas recomendações, que merecem a nossa reflexão, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski ( http://www.drmoises.com.br ).

Dr. Moises Chencinski - CRM-SP 36.349 - PEDIATRIA - RQE Nº 37546 / HOMEOPATIA - RQE Nº 37545