Até os 3 anos de idade o mundo para a criança gira em torno de seus pais e dos cuidadores mais próximos. A qualidade do vínculo com eles durante esses primeiros anos, cria a estrutura de sua vida emocional.
Nessa etapa de vida a mente é muito sensível ao ambiente familiar. Como a criança não tem ainda capacidade de compreender seus sentimentos e coloca-los em palavras, pode reagir com sintomas aos estados emocionais dos pais, mesmo conflitos que são inconscientes para eles.
Elas expressam seus desconfortos em dificuldades em sua rotina e desenvolvimento:
• Dificuldades na amamentação/ Risco de desmame precoce,
• Problemas alimentares,
• Sono excessivo ou inquietude que leva à insônia,
• Choro incessante, birras constantes,
• Funcionamento intestinal atípico,
• Dificuldades no desfralde,
• Apatia e desinteresse em brincar,
• Pouca interação com expressões e olhar,
• Agressividade (mordidas e demais agressões frequentes),
• Desinteresse por outras crianças,
• Dificuldades em socialização e adaptação na escola,
• Adoecimento frequente sem causa aparente,
• Demora para falar, fala truncada ou infantilizada sem causa funcional,
• Sofrimento excessivo e resistência no processo de desmame,
• Ou qualquer outro comportamento que expresse sofrimento e/ou dificuldades.
Quando os sintomas são acolhidos, pensados e nomeados durante as sessões, tendem a desaparecer. Os pais em geral ficam mais fortalecidos em seu lugar parental, e ajudam a criança a criar recursos que substituem os sintomas e permitem melhor interação familiar. O trabalho tem caráter focal e breve.
